Feia de Santana | Trânsito | Superintendência de Trânsito aponta fator humano como principal desafio para reduzir acidentes em Feira de Santana

Ricardo da Cunha destaca investimentos em sinalização, fiscalização e dados para enfrentar a violência no trânsito

O superintendente municipal de Trânsito de Feira de Santana, Ricardo da Cunha, afirmou que é possível reduzir o número de vítimas de acidentes que dão entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas reforçou que o maior desafio continua sendo o comportamento humano no trânsito.

Superintendência  Municipal de Trânsito Ricardo da Cunha 📸Onildo Rodrigues 

Durante o Fórum sobre Violência no Trânsito, o gestor destacou a importância da integração entre os órgãos e elogiou a autonomia administrativa concedida pela gestão municipal para enfrentar o problema de forma transparente.

“A liberdade administrativa que o prefeito Zé Ronaldo me dá ajuda muito no trabalho. A gente não coloca sujeira para debaixo do tapete. Expõe os problemas, apresenta alternativas e trabalha com dados”, afirmou.

Segundo Ricardo da Cunha, 2025 foi um ano difícil, mas as ações realizadas já apresentam avanços significativos. Ele citou investimentos em sinalização, fiscalização e estrutura operacional.

“Já ultrapassamos a marca de 200 placas instaladas e quase 100 faixas de pedestres. Além disso, houve renovação de viaturas, valorização dos agentes de trânsito e melhor controle da operação. Hoje sabemos exatamente onde cada viatura está e todas estão em atividade”, explicou.

Dados e estatísticas como ferramenta de prevenção

O superintendente ressaltou a importância do aprimoramento das estatísticas de trânsito, destacando que muitos sinistros antes não eram contabilizados.

“Nem todo sinistro de trânsito era registrado. Ainda não conseguimos contabilizar 100%, mas melhoramos muito. Estatística é fundamental para identificar os pontos com maior incidência de acidentes e agir de forma mais precisa”, pontuou.

Apesar do crescimento dos acidentes em nível nacional, Ricardo da Cunha afirmou que Feira de Santana apresenta índices bem abaixo da média brasileira, mesmo diante do aumento expressivo do número de motociclistas.

Mudança de comportamento é o maior desafio

Para o gestor, o fator humano é o principal obstáculo para um trânsito mais seguro.

“O maior desafio é a mudança de comportamento. Todos somos atores do trânsito: motociclistas, motoristas, condutores profissionais e pedestres. É preciso refletir sobre como cada um se comporta nas vias”, destacou.

Ele defendeu ainda medidas mais rigorosas para responsabilização de infratores envolvidos em crimes de trânsito.

“Precisamos discutir penalidades mais educativas e firmes. Quem causa um acidente precisa entender o impacto disso na vida da vítima e da família. Só assim conseguiremos mudar essa lógica”, afirmou.