Capac | Proteção animal | Sem apoio financeiro, comissão da UEFS luta para cuidar de animais abandonados no campus
Coordenada por Verônica Ferreira, a Comissão de Atenção aos Animais do Campus (CApac) sobrevive de doações, rifas e bazares para garantir alimentação, tratamento e acolhimento a cães e gatos deixados na universidade.
															A Comissão de Atenção aos Animais do Campus (CApac), vinculada à Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), vem desempenhando um papel fundamental na proteção de cães e gatos abandonados dentro da instituição. Coordenada por Verônica Ferreira, a comissão atua sem orçamento próprio e depende totalmente da solidariedade da comunidade acadêmica e de apoiadores externos.
Segundo Verônica, o grupo é formado por professores, técnicos, servidores e estudantes que se uniram de forma voluntária para oferecer cuidados básicos aos animais que vivem no campus. “Não temos recursos da universidade. Tudo que fazemos — desde consultas veterinárias, medicamentos e cirurgias — é viabilizado por campanhas de doações, rifas e bazares. Recentemente, alunos de Engenharia de Computação organizaram uma rifa para ajudar a arrecadar fundos”, destacou.

A coordenadora lembra que o abandono de animais é crime, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998, mas o problema persiste. “Infelizmente, muitos animais continuam sendo deixados aqui. A UEFS não tem estrutura física para acolhimento, e nós tentamos garantir o mínimo de assistência possível”, explicou.
Os principais animais assistidos são cães e gatos, mas também há registros de espécies silvestres. “Quando aparece algum animal silvestre, recorremos a órgãos especializados como o Corpo de Bombeiros, pois as veterinárias da universidade — embora competentes — não têm formação específica nesse tipo de atendimento”, informou Verônica.
Outro desafio é a falta de políticas públicas municipais voltadas à saúde animal. “Feira de Santana não possui uma campanha de castração nem de vacinação além da antirrábica. Precisamos de ações preventivas, como a vacinação contra a cinomose e o controle da esporotricose, que também pode afetar humanos”, alertou.
Além das doenças, a CApac enfrenta casos constantes de atropelamentos dentro do campus. “Muitas vezes o motorista não presta socorro, e somos nós que levamos o animal para a clínica. Esses procedimentos têm custo alto, e a única fonte de arrecadação que temos são as doações”, lamentou.
Verônica reforça o apelo para que a comunidade contribua. “Quem puder doar ração, medicamentos ou qualquer quantia financeira estará ajudando diretamente na sobrevivência desses animais. Cada gesto faz a diferença”, concluiu.
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