Mega Operação | Direitos Humanos | Organizações de direitos humanos repudiam megaoperação no Rio de Janeiro
ONGs e instituições criticam a ação policial que deixou 64 mortos e 75 feridos, classificando o episódio como um “banho de sangue” e um “massacre”.
															Organizações de defesa dos direitos humanos manifestaram repúdio à megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, que deixou 64 mortos e 75 feridos, segundo dados divulgados pelas autoridades.
A ONG Rio de Paz classificou a ação como um “banho de sangue” e afirmou que episódios como este não são novidade na política de segurança pública fluminense. Em nota, a organização pediu responsabilidade, respeito à vida e a construção de uma política de segurança “que preserve a vida das pessoas”. A entidade também expressou solidariedade às famílias das vítimas.
O Instituto Fogo Cruzado declarou que, “em nenhum lugar do mundo, uma ação do Estado com esse número de mortes pode ser considerada um sucesso ou resultado de planejamento prévio”. Para o Instituto, o episódio evidencia a incapacidade do governo estadual em formular uma política de segurança eficaz e sustentável.
Já o Instituto Marielle Franco afirmou que a operação representa uma suspensão do direito à vida, e que “não se trata de uma política pública, mas de um massacre”.
A Defensoria Pública da União (DPU) também se posicionou contra a escalada da violência e a letalidade policial no estado. Em nota, a instituição ressaltou que a operação foi a mais letal da história do Rio de Janeiro, e que o combate ao crime deve respeitar os limites da legalidade, com uso proporcional da força, transparência na apuração dos fatos e garantia do devido processo legal.
A megaoperação teve repercussão nacional e internacional, sendo questionada por entidades civis e organismos de defesa dos direitos humanos quanto à proporcionalidade da força empregada e aos impactos sociais nas comunidades afetadas.
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