Economia | Empregos Verdes | Estudo aponta que o Brasil pode criar até 7 milhões de empregos verdes até 2030

Levantamento da Agenda Pública em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen mostra que a transição para uma economia de baixo carbono pode gerar milhões de vagas em áreas como energias renováveis e bioeconomia.

Economia | Empregos Verdes | Estudo aponta que o Brasil pode criar até 7 milhões de empregos verdes até 2030
📸ARI VERSIANI/PAC

Um estudo realizado pela organização da sociedade civil Agenda Pública, em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, aponta que o Brasil pode criar até sete milhões de empregos verdes até 2030 e cerca de 15 milhões até 2050, com a consolidação de uma economia de baixo carbono.

A pesquisa analisou os impactos da descarbonização e da transformação digital no mercado de trabalho, indicando caminhos para ampliar a mobilidade social e promover a inclusão produtiva. Entre as áreas de maior potencial estão as energias renováveis, a bioeconomia, a economia circular e a mobilidade de baixo carbono.

De acordo com o diretor-geral da Fundação Grupo Volkswagen, Vitor Hugo Neia, é essencial que a transição para uma economia sustentável venha acompanhada de políticas de qualificação profissional e inclusão social.

“Investir em qualificação profissional e em políticas públicas estruturantes é fundamental para que esse movimento seja uma oportunidade e não contribua para acentuar as desigualdades sociais brasileiras. Transição justa só vai ser justa de fato se vier com inclusão produtiva, mobilidade social e sem deixar ninguém para trás”, destacou.

O levantamento desenvolveu dois conjuntos de indicadores: Vulnerabilidade Socioeconômica e Capacidade Adaptativa, classificando os municípios em quatro perfis — resiliente, emergente, em atenção e crítico — para orientar onde é preciso agir primeiro.

A análise também considera o capital humano, medido pela quantidade de profissionais com ensino médio e superior e pelo número de matrículas em cursos técnicos, além da capacidade fiscal dos municípios, identificada pela receita própria per capita.

O estudo conclui que cada região do país apresenta desafios e potencialidades específicas, exigindo estratégias personalizadas de transição e governança participativa.

Outro ponto de alerta é a necessidade de políticas voltadas para jovens em situação de vulnerabilidade. Segundo o levantamento, 42% dos jovens negros entre 18 e 24 anos estão fora da escola ou do ensino superior, enquanto entre os jovens brancos essa taxa é de 22%.

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