Saúde | Hemofilia | Ministério da Saúde propõe ampliar uso de remédio contra hemofilia no SUS para crianças de 0 a 6 anos
Tratamento com Emicizumabe reduz em até 90% os sangramentos e será ofertado gratuitamente pelo sistema público
															O Ministério da Saúde anunciou que defenderá, na próxima reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a ampliação do uso do medicamento Emicizumabe para crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. A proposta foi apresentada pelo ministro Alexandre Padilha nesta sexta-feira (25).
A hemofilia A é uma doença genética que compromete a coagulação do sangue, podendo causar sangramentos prolongados e exigindo acompanhamento médico constante. O custo anual do tratamento chega a R$ 350 mil, valor que passará a ser totalmente coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Padilha, o acordo firmado com a indústria farmacêutica vai permitir redução de custos para o governo e acesso gratuito ao tratamento para famílias. “Estamos levando à Conitec todos os argumentos técnicos e de negociação que resultaram na queda do preço do medicamento”, afirmou o ministro.
O Emicizumabe, já utilizado por outras faixas etárias no SUS, pode reduzir em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuindo internações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a medicação tem aplicação subcutânea, mais simples e menos dolorosa para as crianças pequenas, que antes precisavam de aplicações endovenosas frequentes.
A mobilização pela ampliação do tratamento contou com a participação de hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde de diversos estados, incluindo Bahia, Pernambuco, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
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