Saúde | Uso indevido de medicamentos | Urologista alerta para riscos do uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil
Segundo o médico Eduardo Cerqueira, uso sem orientação e combinação com álcool, drogas ou atividade física intensa pode provocar arritmias e até parada cardíaca
O uso recreativo de medicamentos para disfunção erétil, como o sildenafil e o tadalafila — conhecidos popularmente como “azulzinho” — tem se tornado cada vez mais comum entre jovens e adultos, especialmente em situações que envolvem prática sexual e até atividades físicas. O alerta é do urologista e cirurgião Eduardo Cerqueira, que chama atenção para os riscos dessa prática sem acompanhamento médico.
De acordo com o especialista, esses remédios são eficazes e seguros quando usados corretamente, com prescrição médica e para o tratamento de disfunção erétil comprovada. No entanto, o uso indiscriminado por curiosidade ou para “melhorar o desempenho” pode causar efeitos graves.
“Essas medicações são vasodilatadoras, reduzem a pressão arterial e alteram o fluxo de sangue em todo o corpo. Se a pessoa usa o remédio e logo depois faz exercício intenso, como jogar bola ou treinar, pode sofrer queda brusca de pressão e arritmia. Em casos extremos, há risco de parada cardíaca”, explica Cerqueira.
Outro ponto de preocupação é o consumo de produtos sem registro, vendidos em sites e sex shops. Segundo o médico, muitos desses produtos não são dermatologicamente testados e podem causar reações alérgicas severas ou até anafilaxia.
“Temos visto com frequência pacientes que chegam com complicações por usar produtos de procedência duvidosa. É importante lembrar que qualquer medicamento para disfunção erétil precisa de prescrição e acompanhamento médico”, reforça.
O urologista também destacou que, embora haja relatos de casos fatais, muitas vezes as ocorrências envolvem o uso associado de álcool, drogas ilícitas ou doses muito acima das recomendadas.
“Não dá pra atribuir 100% da causa à medicação. O risco maior está na automedicação e no uso combinado com outras substâncias”, pontuou.
Cerqueira ressalta que atualmente existem tratamentos modernos e personalizados para disfunção erétil, e que o caminho mais seguro é sempre procurar orientação profissional.
“O que coloca a vida em risco é o uso incorreto, sem acompanhamento. O tratamento adequado pode devolver a confiança e a saúde sexual, mas deve ser feito com responsabilidade”, concluiu.
O médico reforçou que está à disposição para tirar dúvidas e orientações sobre o tema, e pode ser encontrado pelo Instagram @dr.eduardocerqueira ou pelo telefone (75) 99152-1372.
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