Saúde | Vacina brasileira | SpiN-TEC: vacina 100% brasileira contra a Covid-19 avança e marca salto tecnológico na ciência nacional
Imunizante utiliza estratégia inédita de imunidade celular e pode garantir soberania do Brasil no desenvolvimento de vacinas
O Brasil está prestes a alcançar um marco histórico na ciência e na saúde pública: o desenvolvimento da primeira vacina totalmente nacional contra a Covid-19, batizada de SpiN-TEC. O imunizante foi criado por pesquisadores brasileiros e representa um avanço tecnológico que promete fortalecer a autonomia do país na produção de vacinas e insumos estratégicos.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a SpiN-TEC é fruto da inteligência e da capacidade técnica brasileira.
“A SpiN-TEC mostra que o Brasil é capaz de produzir soluções brasileiras, com tecnologia e insumos nacionais. Não vamos depender de transferências tecnológicas ou de outros países”, afirmou.
O projeto é coordenado pelo imunologista Ricardo Gazzinelli, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele lembrou que, no início da pandemia, o Brasil enfrentou dificuldades para obter vacinas devido à dependência de importações.
“Durante a Covid, quem produzia as vacinas priorizava o próprio país. O Brasil ficou em segundo plano. Por isso, é essencial termos soberania no desenvolvimento de vacinas”, explicou o pesquisador.
A SpiN-TEC utiliza uma abordagem inovadora de imunidade celular, que estimula o sistema imunológico a reconhecer e eliminar células infectadas pelo vírus. Essa estratégia permite proteção mais ampla e duradoura, mesmo diante de novas variantes.
“Nossa vacina é baseada na ação dos linfócitos T, que identificam partes do vírus que não mudam com as variantes. Isso mantém alta eficácia”, destacou Gazzinelli.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões no desenvolvimento do imunizante. Os testes de segurança já foram publicados em artigo científico, e os resultados iniciais mostraram excelente resposta imunológica em animais e em humanos.
Segundo a ministra Luciana Santos, o conhecimento adquirido com a SpiN-TEC vai permitir que o Brasil esteja preparado para futuras pandemias.
“Com essa tecnologia, poderemos manipular vírus, bactérias e fungos de forma segura, antecipando respostas a novas emergências sanitárias. É um investimento que garante o presente e o futuro”, concluiu.
O imunizante segue agora para a fase final de estudos clínicos, e a expectativa é que esteja disponível para a população até o início de 2027.
Com informações Agência Brasil
Comentários (0)