Feira de Santana | Dia do Nordestino | Dia do Nordestino: apesar de importante, maioria das pessoas não tem conhecimento da data em Feira de Santana

Comemorado em 8 de outubro, o Dia do Nordestino homenageia um dos povos mais ricos culturalmente do país, mas ainda passa despercebido entre a população feirense.

Feira de Santana | Dia do Nordestino | Dia do Nordestino: apesar de importante, maioria das pessoas não tem conhecimento da data em Feira de Santana
📸Onildo Rodrigues

O Dia do Nordestino, celebrado em 8 de outubro, é uma data dedicada a reconhecer a força, a resiliência e a riqueza cultural de um dos povos mais importantes do Brasil. O Nordeste é berço de grandes nomes da literatura, da música, da política e da fé, como Ariano Suassuna, Luiz Gonzaga, Graciliano Ramos, Assis Chateaubriand, Caetano Veloso, Gal Costa, Paulo Freire, Irmã Dulce, Zumbi dos Palmares, Rachel de Queiroz, Marechal Deodoro da Fonseca, Castro Alves e Jorge Amado.

A data foi criada em homenagem ao poeta Patativa do Assaré, cujo centenário coincidiu com a promulgação da lei que instituiu o Dia do Nordestino no município de São Paulo, em 2009. A lei buscava valorizar o povo nordestino que ajudou a construir a história da capital paulista. Posteriormente, em 2019, a legislação foi revogada e o dia passou a ser comemorado em 2 de agosto, aniversário de Luiz Gonzaga, outro ícone da cultura nordestina.

Mesmo assim, 8 de outubro continuou sendo reconhecido de forma simbólica em diversos estados do Nordeste — embora nenhum tenha oficializado a data como feriado ou lei estadual.

Em Feira de Santana, nossa equipe foi às ruas para saber se os moradores tinham conhecimento da data. A reportagem conversou com pessoas na Praça do Nordestino, localizada no centro da cidade, e constatou que a maioria não sabia o significado da comemoração.

A dona Rosemeire da Cruz lamentou o esquecimento:

“Não sei lhe responder. Para mim, é uma data esquecida. A praça que leva esse nome não lembra em nada as características do Nordeste.”

A jovem Daniela Diniz também confessou desconhecer a data:

“Não sabia da comemoração e a praça não remete nada ao nome.”

Já Maria Helena, natural de Brumado (BA), destacou o valor simbólico do nordestino, mesmo sem grandes celebrações oficiais:

“É o dia de um povo que tem coragem de vencer na vida, trabalhar e seguir em frente. Onde o nordestino chega, ele faz a diferença. Mas aqui, muitos não crescem porque são acomodados.”

O Dia do Nordestino, portanto, ainda carece de maior divulgação e valorização, principalmente nas cidades que carregam em sua história e identidade o espírito nordestino. Em Feira de Santana, a Praça do Nordestino — que deveria ser um espaço de exaltação dessa cultura — acabou se tornando, neste 8 de outubro, um retrato do esquecimento e da falta de reconhecimento da data por parte da população.

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