Saúde pública | HPV | Vacina contra HPV reduz em até 58% os casos de câncer de colo do útero, aponta estudo da Fiocruz

Pesquisa reforça importância da imunização gratuita oferecida pelo SUS

Saúde pública | HPV | Vacina contra HPV reduz em até 58% os casos de câncer de colo do útero, aponta estudo da Fiocruz
📸 MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

A vacina contra o HPV reduziu em 58% os casos Pesquisa reforça importância da imunização gratuita oferecida pelo SUS de câncer de colo do útero e 63% das lesões pré-cancerosas graves, segundo estudo da Fiocruz com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2019 e 2023.

A pesquisa analisou informações de mais de 60 milhões de mulheres, com idades entre 20 e 24 anos. Mesmo fora da faixa etária indicada para o rastreamento, os resultados mostraram uma queda expressiva na incidência da doença, reforçando o impacto positivo da vacinação.

O papilomavírus humano (HPV) é um dos principais causadores do câncer de colo de útero, o segundo mais comum entre mulheres brasileiras e uma das maiores causas de mortalidade feminina no país.

“Essa faixa etária não é a mais comum para o câncer de colo do útero e não está incluída no rastreio. Só de perceber essa redução já é um resultado muito positivo, ainda mais que outros estudos semelhantes foram feitos em países ricos”, explicou o pesquisador da Fiocruz Bahia, Thiago Cerqueira-Silva.

Apesar dos avanços comprovados, a adesão à vacina ainda é baixa no Brasil. Para Cerqueira-Silva, a propagação de fake news sobre vacinas é um dos principais obstáculos.

“Combater a desinformação é essencial. Quando a população entende o que é mito, ela mesma passa a reconhecer e rejeitar informações falsas”, destacou o pesquisador.

A vacina contra o HPV é gratuita e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país. Devem receber o imunizante:

 • Meninas e meninos de 9 a 14 anos;

 • Mulheres e homens de 9 a 45 anos vivendo com HIV, transplantados ou pacientes oncológicos;

 • Vítimas de abuso sexual;

 • Adolescentes de 15 a 19 anos, conforme novas diretrizes.

O estudo reforça que a imunização é uma das estratégias mais eficazes de saúde pública para salvar vidas e reduzir desigualdades no acesso à prevenção.


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