Protesto | Passe livre e Exposição | Pacientes com doenças crônicas protestam na Câmara de Vereadores contra suspensão do passe livre em Feira

Manifestantes criticaram a exposição dos nomes no Diário Oficial e pedem reunião com o prefeito para reverter a medida.

Protesto | Passe livre e Exposição | Pacientes com doenças crônicas protestam na Câmara de Vereadores contra suspensão do passe livre em Feira
📸Onildo Rodrigues

A Câmara de Vereadores de Feira de Santana foi palco, nesta terça-feira (23), de uma manifestação pacífica organizada por pessoas com fibromialgia e outras doenças crônicas e raras. O ato teve como foco a suspensão do passe livre no transporte coletivo e a exposição pública dos nomes dos beneficiários no Diário Oficial do Município.

Entre os participantes estava Luziane Santana, presidente da Associação Feirense de Pessoas com Doença Falciforme. Ela destacou que o passe livre é essencial para garantir o tratamento contínuo dos pacientes.

“Viemos hoje aqui para pedir o retorno dos nossos passes. Pessoas com doença falciforme precisam de acompanhamento multidisciplinar, com fisioterapia, psicólogos, nutricionistas e outros especialistas. Precisamos do passe para manter esse cuidado.”

Segundo Luziane, a suspensão foi descoberta de forma informal, quando uma associada tentou renovar o benefício e foi informada sobre a medida. “Antes mesmo de sair a portaria oficial, uma associada foi ao Viafácil e descobriu que o passe estava suspenso. A partir daí, buscamos a Defensoria Pública, que já está recorrendo.”

A presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Rosa Costa, também esteve presente e criticou duramente a exposição dos nomes.

“Foi muito triste. Essa lei foi uma conquista nossa. Quando vimos os nomes expostos, ficamos ainda mais consternados. Isso é uma violência contra a dignidade dessas pessoas.”

Rosa afirmou que o Conselho já acionou a Defensoria e busca agora uma audiência com o prefeito José Ronaldo (UB). “Acreditamos na sensibilidade dele. É um custo pequeno para um benefício imensurável para quem precisa.”

A mobilização reforça a pressão da sociedade civil organizada contra a decisão da Prefeitura, que promete apurar a falha por meio de sindicância.

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