Educação | OCDE | Apenas 22% dos adultos brasileiros têm diploma superior, aponta relatório da OCDE

Estudo revela evasão elevada, salas de aula superlotadas em faculdades privadas e desigualdade no acesso; entre os avanços, 84% dos professores do fundamental têm nível superior

Educação | OCDE |  Apenas 22% dos adultos brasileiros têm diploma superior, aponta relatório da OCDE
📸JOSE CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Apenas 22% da população adulta brasileira, entre 25 e 64 anos, possui diploma de ensino superior. O índice está bem abaixo da média de 48% da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), segundo o relatório Educação em Resumo 2025, divulgado pela entidade e analisado pelo Inep, órgão ligado ao MEC.

No Brasil, o mais comum entre os adultos é ter escolaridade abaixo do ensino médio completo, o que representa um desafio para ampliar o acesso à universidade e reduzir a evasão.

Desafios apontados pelo relatório

 • Evasão no 1º ano da graduação: mais de 20%, causada por dificuldades financeiras e falta de preparo.

 • Superlotação nas instituições privadas: média de 62 alunos por professor, contra 18 na OCDE.

 • Predomínio do setor privado: quase 80% dos 10 milhões de estudantes do ensino superior estão em universidades privadas, em sua maioria na modalidade EAD.

Já no ensino público, a média é de 10 estudantes por professor, abaixo da média da OCDE (15), o que garante melhor acompanhamento, mas com menor alcance.

Pontos positivos

 • Professores qualificados: 84% dos docentes do ensino fundamental têm nível superior.

 • Educação infantil: 75% das crianças de 3 a 5 anos estão matriculadas.

 • Investimento: 2,6% do PIB nacional é destinado à educação primária, acima da média da OCDE (2,2%).

 • Pós-graduação: o crescimento de mestres acompanha o ritmo dos países da OCDE.

Contexto internacional

A OCDE reúne 38 países, em sua maioria ricos e desenvolvidos, mas também emergentes como Argentina, México, Chile e Brasil. Para integrar o grupo, o país precisa melhorar indicadores-chave, como os de educação, e adotar práticas internacionais que reforçam a confiança e atraem investimentos.


 Fonte: Agência Brasil


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