Feira de Santana | APLB | Professores seguem sem receber salários cortados na pandemia após fracasso em audiência de conciliação
Prefeitura e APLB divergem sobre valores: sindicato calcula R$ 51 milhões; gestão municipal reconhece apenas R$ 26 milhões
															A disputa judicial entre a Prefeitura de Feira de Santana e os professores da rede municipal, referente aos salários cortados durante a pandemia da Covid-19, em 2020, segue sem solução. Uma audiência de conciliação realizada na última terça-feira (2), na 2ª Vara da Fazenda Pública, terminou sem acordo.
Segundo a APLB Feira, mais de mil docentes tiveram salários reduzidos entre 20% e 70% no governo do então prefeito Colbert Martins (MDB). O sindicato afirma que, com juros e correções, a dívida chega a R$ 51 milhões. A Prefeitura, por sua vez, contesta os cálculos e reconhece apenas R$ 26 milhões, dos quais se dispõe a pagar R$ 17 milhões, alegando limitações orçamentárias.
O que disseram os professores
A presidente da APLB Feira, Marlede Oliveira, criticou a proposta apresentada:
“Os professores padeceram, alguns surtaram, endividaram-se e assim continuam, cinco anos após terem seus salários cortados. Não entendemos por que 91 receberam, em 2024, enquanto mais de mil seguem sem solução.”
Pagamentos parciais
Durante a audiência, a Prefeitura revelou que, em 2024, foram pagos cerca de R$ 6 milhões a 91 professores, utilizando recursos da gestão anterior. O sindicato questiona o critério dessa escolha e denuncia “tratamento desigual e injusto” entre os profissionais.
Próximos passos
O processo, iniciado em 2020, chegou a tramitar no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), mas retornou à Justiça local para tentativa de conciliação. Sem acordo, o caso deve continuar em disputa judicial.

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