ULTIMO PROGRAMA AO VIVO

Política | Reciprocidade | Lula diz que não tem pressa em retaliar EUA e defende negociação

Presidente afirma que Brasil está aberto ao diálogo, mas não aceitará ser tratado como “republiqueta de banana”

Política | Reciprocidade | Lula diz que não tem pressa em retaliar EUA e defende negociação
📸RICARDO STUCKERT / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) que não há pressa em aplicar medidas de reciprocidade contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Em entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, ele destacou que o Brasil não ficará de “cabeça baixa”, mas que a prioridade é negociar.

“Temos que dizer para os Estados Unidos que também temos como reagir. Mas eu não tenho pressa, porque quero negociar. Se o Trump quiser negociar, o Lulinha paz e amor está de volta. Eu não quero guerra, eu quero a verdade em cima da mesa”, declarou.

Na quinta-feira (28), o Ministério das Relações Exteriores acionou a Camex (Câmara de Comércio Exterior) para avaliar a aplicação da Lei da Reciprocidade. O primeiro encontro entre Lula e o presidente norte-americano Donald Trump desde o início da crise ocorrerá em 24 de setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

“Vai depender dele. Eu serei o primeiro a falar, e ele o segundo. Ele pode chegar antes e conversar comigo, ou não. O importante é que, se quiserem negociar seriamente, estaremos dispostos 24 horas por dia”, disse Lula.

O presidente adiantou que seu discurso na ONU terá como foco a defesa da democracia, do multilateralismo e da governança mundial. Ele criticou duramente a ofensiva militar de Israel. “Não é aceitável o genocídio que está acontecendo. O exército profissional de Israel não luta contra outro exército, está matando mulheres e crianças”, afirmou.

Enquanto a disputa comercial com os EUA não se resolve, o Brasil segue ampliando relações bilaterais. Lula deverá visitar a Malásia e a Indonésia, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin retornou recentemente do México. “O Brasil quer ser respeitado no mundo todo e não ser visto como uma republiqueta de banana”, concluiu.


Informações Agência Nacional 



Comentários (0)