Alimentação Saudável | Ultraprocessados | Estudo da UFMG investiga custo da alimentação saudável e sustentável no Brasil
Pesquisa avalia impacto do consumo de ultraprocessados e carnes vermelhas na saúde e no meio ambiente, além de analisar quanto os brasileiros gastam para manter uma dieta equilibrada.
O que define uma dieta saudável e sustentável? E quanto custa se alimentar bem no Brasil? Essas são as perguntas que norteiam um estudo conduzido por Thaís Caldeira, doutora em saúde pública e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo a especialista, uma alimentação equilibrada deve priorizar o consumo de frutas, verduras e legumes, reduzindo a ingestão de carnes vermelhas, laticínios e ultraprocessados. O excesso desses últimos está diretamente associado a doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, conforme aponta o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
Além da saúde, a pesquisa também relaciona hábitos alimentares à sustentabilidade. Carnes vermelhas e produtos ultraprocessados estão entre os principais emissores de gases de efeito estufa e contribuem para a perda de biodiversidade e poluição de rios.
De acordo com dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (2017/2018), o custo médio de uma dieta saudável e sustentável é de R$ 12 por pessoa ao dia, pouco acima da alimentação atual do brasileiro, de R$ 11 para 2 mil calorias diárias. A nova edição do levantamento (2024/2025) já está em fase de coleta de dados e deve trazer informações sobre o avanço do consumo de ultraprocessados, especialmente entre famílias de baixa renda, influenciado pelo aumento do preço de alimentos in natura.
Segundo o IBGE, atualmente, 53% das calorias consumidas vêm de alimentos in natura e minimamente processados, enquanto cerca de 20% da energia da dieta brasileira tem origem em ultraprocessados.
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