Educação | Qualidade do ensino na primeira infância | Qualidade do ensino na primeira infância | Feira de Santana recebe projeto-piloto nacional para fortalecer a educação infantil

Parceria entre Prefeitura, Fundação Bracell, Itaú Social e J-PAL busca qualificar práticas pedagógicas e ampliar acesso à pré-escola e creche

Feira de Santana foi escolhida para sediar o projeto-piloto nacional “Caminhos da Pré-Escola”, iniciativa que reúne a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, a Fundação Bracell, o Itaú Social e o Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (J-PAL). O objetivo é aprimorar a qualidade da educação infantil, especialmente para crianças de quatro e cinco anos, etapa considerada decisiva no desenvolvimento integral.

Durante o seminário de lançamento, realizado nesta quarta-feira (13), o  vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Pablo Roberto, destacou que a ação envolve monitoramento mais presente, avaliação contínua e formação de professores. “É uma parceria inédita para Feira de Santana, alinhada a experiências bem-sucedidas no Brasil, e que também busca garantir a matrícula de todas as crianças nessa faixa etária”, afirmou.

O diretor-presidente da Bracell, que mantém operações industriais no município, explicou que o investimento será concentrado no desenvolvimento de habilidades matemáticas e socioemocionais na primeira infância, com a possibilidade de ampliação para outras cidades baianas, caso o modelo tenha bons resultados.

Para Fernanda Seidel, gerente do Itaú Social, a aposta é em práticas pedagógicas lúdicas e interativas. Segundo ela, “o projeto pretende servir de exemplo para outros municípios, com ações que vão de 2025 a 2026 e envolvem apoio técnico à rede municipal e formação contínua dos educadores”.

A gerente de políticas e pesquisa do J-PAL, Priscila Costa, ressaltou que, no Brasil, 94% das crianças já têm acesso à pré-escola, mas apenas 36% frequentam creches. “Queremos apoiar a rede para garantir qualidade e equidade no atendimento, respeitando as diferentes realidades, sejam urbanas, rurais, quilombolas ou indígenas”, disse.

O acompanhamento dos resultados será concluído em 2026. Caso os indicadores apontem avanços, o modelo poderá ser expandido para outras regiões do estado, em parceria com a Secretaria de Educação da Bahia.