Feira de Santana | Manifestação | Trabalhadores Rurais Ocupam Frente da Caixa em Feira e Cobraram Agilidade em Projetos de Habitação

Manifestantes cobram agilidade em processos do Minha Casa Minha Vida Rural e criticam a falta de diálogo entre o governo federal e os movimentos do campo.

Feira de Santana | Manifestação  | Trabalhadores Rurais Ocupam Frente da Caixa em Feira e Cobraram Agilidade em Projetos de Habitação
📸Onildo Rodrigues


Durante esta terça-feira (5), trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam a frente da agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Castro Alves, em Feira de Santana. O ato, organizado por movimentos ligados à luta pela terra e à moradia no campo, cobra agilidade nos processos do Minha Casa Minha Vida Rural (PNHR) e mais abertura ao diálogo com o governo federal.

De acordo com a liderança Marly Souza Fagundes, o protesto teve como alvo a Gerência de Atendimento de Benefícios (GAB) da Caixa, responsável por coordenar a política habitacional em várias regiões da Bahia.


“A gente está aqui por dois principais motivos: a falta de diálogo com o Congresso e a burocracia da própria Caixa, que travam os processos. Essa GAB de Feira é responsável por várias regiões, e por isso escolhemos esse local estratégico. Também há outro grupo hoje em Vitória da Conquista”, explicou Marly.


Os manifestantes denunciam a morosidade na liberação dos lotes habitacionais, que já foram encaminhados há meses, mas não avançaram devido a entraves técnicos e administrativos.


“Estamos tratando de um direito essencial. Morar com dignidade no campo significa ter casa, escola, água. Nada disso vem de graça. É na luta que a gente conquista”, afirmou.


Ainda segundo Marly, o movimento é nacional e envolve articulação direta com o Ministério das Cidades e a própria Caixa, no que se refere à execução do programa de moradia rural.


Sobre o desfecho da mobilização, ela informou que houve sinalização de abertura ao diálogo, mas que os camponeses permanecerão em alerta:


“Houve um compromisso de dar andamento ao processo, e a gente retorna para as comunidades. Mas, se não for resolvido, voltaremos. O povo está mobilizado”, concluiu.

O líder José de Jesus, também presente na manifestação, destacou a importância de manter o movimento organizado e pacífico, mas com firmeza:


“A gente quer respeito. Já avançamos muito com organização, e vamos continuar pressionando por políticas públicas que atendam quem vive e trabalha na roça”, declarou.


Os manifestantes, vindos de diferentes municípios da Bahia e até de outros estados, devem retornar ainda hoje para suas regiões, levando os encaminhamentos discutidos durante a mobilização.


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