Feira de Santana / Encontro de cultura / Feira de Santana sedia Encontro Estadual de Cultura e fortalece diálogo entre Estado e municípios baianos

Segundo o secretário municipal de Cultura de Feira de Santana, Cristiano Lobo, sediar o encontro é uma oportunidade especial para o município.

Feira de Santana / Encontro de cultura / Feira de Santana sedia Encontro Estadual de Cultura e fortalece diálogo entre Estado e municípios baianos
📸Onildo Rodrigues

Com foco na valorização da cultura como ferramenta de transformação social, econômica e política, os secretários de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e de Feira de Santana, Cristiano Lobo, destacaram a importância do fortalecimento do diálogo entre Estado e municípios durante o Encontro Estadual de Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia. O evento acontece nos dias 15 e 16 de maio de 2025, no Centro de Convenções de Feira de Santana, reunindo gestores culturais de diversas cidades baianas, representantes territoriais de cultura (RTCs) e do Ministério da Cultura (MinC).

📸Onildo Rodrigues 


Segundo o secretário municipal de Cultura de Feira de Santana, Cristiano Lobo, sediar o encontro é uma oportunidade especial para o município. “Feira, por ser a segunda maior cidade do Estado e por sua forte influência econômica, exerce também um papel fundamental no cenário cultural. Temos uma cidade rica em tradições, com muitos agentes culturais atuando diariamente – muitos deles de forma anônima – e agora temos a chance de discutir, em nível estadual, políticas públicas voltadas para a cultura”, destacou.


Cristiano ressaltou ainda a importância de Feira de Santana como maior entroncamento rodoviário do Nordeste, o que favorece o intercâmbio cultural e o turismo. “A cultura transforma a sociedade, movimenta a economia e promove a inclusão. Discutir cultura é falar sobre diversidade, tradição e desenvolvimento. Por isso, encontros como este são essenciais para fortalecer o setor cultural em toda a Bahia”, completou.


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Mudança na data da Micareta em pauta


Questionado sobre a possibilidade de discutir mudanças no calendário da Micareta de Feira de Santana, o secretário confirmou que o tema está em debate local, após sinalização do prefeito Zé Ronaldo para escutar a sociedade. “A gestão municipal está em escuta ativa. Até o fim de julho, vamos avaliar junto aos agentes culturais, promotores de eventos, empresários e com a própria população. A Micareta é a festa do povo. Se houver consenso de que novembro é o melhor período, vamos acolher essa decisão e planejar uma festa ainda mais grandiosa”, afirmou.


Cristiano Lobo também destacou que a última edição da Micareta, realizada em 2025, foi marcada por diversidade de atrações, valorização dos artistas locais e organização. “Tivemos uma festa segura, acolhedora e rica culturalmente. Isso nos dá credibilidade para ampliar a divulgação e atrair não apenas foliões de outras cidades, mas também patrocinadores, que agora terão mais tempo para planejar investimentos”, explicou.


Desafios de investimento e estrutura na cultura

📸Onildo Rodrigues 


Um dos pontos centrais do encontro é a discussão sobre os desafios na captação de recursos e na estruturação das secretarias de cultura. Para o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, o evento marca um momento importante para o governo da Bahia e para os municípios.


“Muitos gestores que estão aqui assumiram seus cargos recentemente, e há cidades que só agora estão criando suas secretarias de Cultura. Por isso, este encontro é fundamental para alinhar políticas, orientar sobre os recursos disponíveis e fortalecer a presença da cultura nas gestões municipais”, afirmou Bruno.


O secretário estadual lembrou que a territorialização da cultura tem sido uma das prioridades do governo Jerônimo Rodrigues. “Temos trabalhado para garantir que os recursos culturais cheguem à ponta, onde as pessoas vivem, respeitando as diversidades geográficas e culturais do nosso Estado”, disse.


Sobre as dificuldades enfrentadas, Bruno explicou que a maior barreira não está na comunicação entre Estado e municípios, mas na falta de estrutura das pastas municipais. “Estamos vivendo um momento inédito de disponibilidade de recursos para a cultura, especialmente com a retomada do Ministério da Cultura e da Política Nacional Aldir Blanc. Mas para acessar esses recursos, os municípios precisam estar estruturados, com sistemas de cultura ativos e capacidade de prestação de contas. Nosso papel é oferecer apoio, formação e articulação para que nenhum município fique de fora.”


Acesso universal aos recursos culturais


Todos os 417 municípios baianos têm direito a recursos da Política Nacional Aldir Blanc, conforme destacou Bruno Monteiro. Os valores são calculados com base na população, assim como ocorre com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).


“Esses recursos não precisam ser disputados. Eles estão garantidos – basta que os municípios cumpram os critérios básicos. Estamos aqui para garantir que todos tenham as ferramentas necessárias para acessar e aplicar esses investimentos em projetos culturais, acervos, equipamentos e formação”, concluiu o secretário estadual.


Com informações: Onildo Rodrigues


Por: Mayara Nailanne

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