Feira de Santana | Superlotação em Policlínica | Governador Jerônimo Rodrigues admite superlotação na Policlínica do Clériston Andrade e propõe união de forças com prefeitura

Chefe do Executivo baiano defende diálogo com o ex-prefeito Zé Ronaldo e diz que não vai descansar enquanto problema da regulação e da superlotação nas UPAs não for enfrentado

Durante visita ao município de Juazeiro, nesta quinta-feira (17), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou a situação crítica da Policlínica do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, que vem enfrentando superlotação, especialmente durante o período junino e com a chegada do inverno.

“Eu fico triste quando recebo no final de semana imagens de corredores com gente, salas que comportariam três ou quatro pessoas com oito ou dez pacientes. Isso não é digno. Meu sonho é trabalhar e correr atrás de solução. Não vou descansar enquanto a gente não enfrentar de frente o problema da regulação e da superlotação da UPA”, afirmou Jerônimo.

O governador revelou ainda que já conversou com o secretário estadual da Saúde, Rodrigo Matos, buscando alternativas para desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o hospital. “Quando tem um fator muito forte, como foi o São João, ou agora com o frio e aumento dos casos de problemas respiratórios, tudo enche: a UPA e o hospital”, disse.

Jerônimo também defendeu a união de forças entre o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal para encontrar soluções estruturais. Ele manifestou interesse em dialogar com o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil), que atualmente exerce forte influência na gestão municipal. “Espero que possamos fazer uma boa agenda com Zé Ronaldo. Não é por mim nem por ele. É pelo povo de Feira”, declarou.

Ainda segundo o governador, a implantação de um hospital municipal, projeto anunciado pelo prefeito Colbert Martins (MDB), conta com o apoio do governo estadual. “Onde ele decidir construir o hospital, pode ter certeza que eu vou buscar recursos, seja federais ou estaduais, pra ajudar. A orientação é que se evitem locais que causem problemas de mobilidade e engarrafamento, mas onde for feito, estarei junto”, garantiu.

A superlotação nas unidades de saúde de Feira de Santana tem sido alvo frequente de críticas por parte da população e de profissionais da área. O município é o segundo maior da Bahia e carece de investimentos em saúde pública compatíveis com sua demanda crescente.