Feira de Santana | Paralisação | Ex-funcionários de empresas de transporte adiam protesto por causa da chuva e marcam nova mobilização para quarta-feira (16)

Trabalhadores cobram indenizações e direitos trabalhistas após abandono das empresas 18 de Setembro e Princesinha; mobilização dereunir mais de 400 pessoas em frente à Câmara de Feira de Santana

Feira de Santana | Paralisação | Ex-funcionários de empresas de transporte adiam protesto por causa da chuva e marcam nova mobilização para quarta-feira (16)
📸Divulgação


A mobilização dos ex-funcionários das empresas 18 de Setembro e Princesinha, marcada inicialmente para a manhã desta segunda-feira (14), foi adiada por conta das fortes chuvas e da condição de saúde de alguns participantes, incluindo idosos.


O grupo, composto por cerca de 440 pessoas entre trabalhadores e apoiadores, remarcou o ato para a próxima quarta-feira, dia 16 de julho, às 9h, em frente à Câmara Municipal de Feira de Santana.




Mais de uma década de espera


Essa será a segunda manifestação oficial do movimento, que reúne trabalhadores demitidos após o encerramento das atividades das empresas de transporte urbano. Muitos aguardam há mais de 10 anos por indenizações, pagamentos de direitos trabalhistas e reconhecimento de vínculos empregatícios que não foram formalizados à época.


Segundo os organizadores, cerca de 1.200 famílias foram impactadas diretamente com o encerramento das atividades das empresas, que deixaram débitos não quitados com os trabalhadores.



“Estamos falando de um calote”


Renato Bispo, um dos principais líderes do movimento, conversou com a reportagem do Conectado News e não escondeu a frustração com a falta de resposta das autoridades.


“Estamos nessa caminhada desde março. Já são três meses de mobilização intensa, levantando o nome do grupo e de mais de 1.200 famílias que não receberam o que é de direito. Estamos falando de um calote, essa é a palavra certa”, afirmou Renato.


O grupo já realizou reuniões com representantes da Prefeitura Municipal e do Ministério Público do Trabalho (MPT), mas, até o momento, nenhuma ação concreta foi apresentada para resolver o impasse.


Silêncio institucional e processo arquivado


Renato também detalhou os encaminhamentos mais recentes:

 • O prefeito de Feira de Santana, segundo ele, recebeu os manifestantes com respeito, mas afirmou que não poderia interferir na situação.

 • O presidente do sindicato da categoria, de acordo com o relato, adotou uma postura semelhante, gerando insatisfação entre os trabalhadores.


O MPT informou que ainda tramita um processo por danos morais coletivos, mas a ação principal relacionada aos débitos trabalhistas foi arquivada e transferida para a Justiça Comum.


Ainda segundo os trabalhadores, o advogado da empresa, Dr. Ronaldo Mendes, revelou que dois processos estão em andamento e que, caso haja condenação da Prefeitura, esse recurso poderá ser utilizado para quitar parte da dívida com os ex-funcionários.


“Mas a esperança é mínima diante de tanto descaso”, lamentou Renato.



Nova manifestação e resistência


Mesmo diante de tantas barreiras, o grupo segue mobilizado e promete manter a agenda de protestos semanalmente.


“Vamos buscar apoio dos vereadores que estiverem dispostos a abraçar a nossa causa. Não vamos desistir. A luta continua”, concluiu Renato Bispo.


A expectativa é que a manifestação desta quarta-feira (16) leve um número ainda maior de pessoas à Câmara Municipal, fortalecendo a pressão por respostas concretas.


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