Cultura | Bando Anunciador | Bando Anunciador leva multidão às ruas de Feira de Santana em manhã de festa e tradição
Mesmo com chuva, desfile mobiliza milhares de pessoas com fantasias criativas e percurso ampliado até o Mercado de Arte Popular
Apesar da chuva, a manhã deste domingo (6) foi marcada pela presença massiva do público nas ruas de Feira de Santana para acompanhar o tradicional desfile do Bando Anunciador. O cortejo, que saiu do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), percorreu ruas centrais da cidade, embalado por marchinhas, fanfarras e personagens caracterizados.
Este ano, o trajeto foi ampliado e a dispersão aconteceu no Mercado de Arte Popular, localizado na Avenida Getúlio Vargas. Durante o percurso, foliões passaram pelas ruas Conselheiro Franco e Senhor dos Passos.
Entre as fantasias, chamaram atenção figuras como vaqueiros, personagens infantis e até uma paródia do SAMU, nomeada “Çamu”, evidenciando o tom irreverente e criativo do evento. Veteranos e estreantes desfilaram lado a lado, reafirmando o Bando como espaço de convivência, diversidade e memória coletiva.

O professor Clesid Rangel, natural de Maragogipe, compareceu mais uma vez ao evento, desta vez fantasiado de espantalho. Já a artista plástica Célia Zain prestou homenagem à heroína Maria Quitéria e destacou a representatividade feminina no cortejo, lembrando que a participação das mulheres só foi permitida após os 70 anos de existência do Bando.
A diretora do CUCA, Taís Dantas, ressaltou o valor histórico da manifestação. “É uma festa que remonta ao século XVIII e, mesmo tendo perdido sua função religiosa original, permanece viva na identidade cultural feirense”, pontuou.

A celebração também contou com a presença do vice-prefeito e secretário de educação, Pablo Roberto, que destacou a importância do apoio institucional à cultura popular. “O povo ocupou as ruas desde cedo, mostrando que Feira está viva e cheia de história”, afirmou.

Já o secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Cristiano Lôbo, considerou o Bando Anunciador um patrimônio simbólico da cidade. “Mais do que uma festa, é um compromisso com a tradição e o fortalecimento das instituições culturais”, concluiu.


Com informações da Secom / por Onildo Rodrigues
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