Feira de Santana/ São João / Feirantes enfrentam preços altos e vendas lentas às vésperas do São João em Feira de Santana
Comerciantes registram aumento no fluxo, mas enfrentam dificuldades para lucrar

Com a aproximação do São João, o movimento começa a crescer no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, mas os feirantes ainda enfrentam grandes desafios. Apesar do aumento na circulação de pessoas, as vendas de produtos típicos seguem abaixo do esperado, e o alto custo dos insumos compromete o lucro dos comerciantes.
Milho caro, lucro baixo
O feirante José Vitória Cerqueira, conhecido como José Boca Mole, conta que está quase trabalhando no prejuízo. Segundo ele, o cento de milho tem sido comprado na roça por valores entre R$ 70 e R$ 80, e precisa ser vendido a R$ 1 o sabugo para evitar perdas.
“Hoje vim com 8 mil milhos e ainda não consegui vender tudo. Em outros anos, nessa mesma época, eu vendia de 30 a 40 mil sabugos”, lamenta.
Além disso, ele explica que o preço pode chegar a R$ 100 o cento, dependendo da qualidade, e o amendoim – outro item típico do período – custa até R$ 500 o saco, o que torna o comércio ainda mais difícil.
Movimento aumenta, mas vendas ainda são tímidas
Mesmo com a leve melhora no fluxo de pessoas nos últimos dias, o ritmo de vendas continua lento.
“Hoje melhorou um pouco porque não veio tanta mercadoria, mas o comércio está devagar. O milho que trouxe na feira passada ainda está aqui”, afirmou José Vitória.
Clientes pesquisam antes de comprar
O autônomo Marco Aurélio, morador do bairro Pé do Descanso, percorre os corredores da feira em busca dos melhores preços e qualidade.
“Estou pesquisando. Tem coisa que subiu, outras que baixaram. A qualidade está boa, mas é preciso olhar com atenção”, comenta.
Além de comprar, Marco também aproveita o período para reforçar sua renda vendendo produtos juninos de forma ambulante nos bairros de Jardim Acácia, Chácara São Cosme e arredores.
“É correria. Vendo de porta em porta, e assim a gente se vira”, diz.
Expectativa para os próximos dias
Apesar das dificuldades, os feirantes ainda mantêm o otimismo de que o cenário mude com a aproximação do São João.
“Esperamos que o comércio reaja e as vendas aumentem até o São João”, finaliza José Vitória.
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