Bahia / Denúncias / Ambulantes denunciam cobranças abusivas e exigências no São João Antecipado de Santanópolis
Além dos preços considerados abusivos, há ainda denúncias de que os vendedores estão sendo forçados a adquirir bebidas exclusivamente de uma distribuidora indicada pela prefeitura.

Vendedores ambulantes que se preparam para trabalhar no São João Antecipado de Santanópolis, programado para acontecer de 13 a 15 de junho, denunciam exigências abusivas impostas pela Prefeitura. Entre as principais queixas estão o alto custo dos pontos de venda, a obrigatoriedade de adquirir insumos de fornecedores específicos e a restrição no tamanho das barracas.
Segundo Nathalie, filha de uma ambulante e representante de um grupo de trabalhadores, a maioria dos vendedores é de Feira de Santana, atraídos pelo evento após o cancelamento do São João Antecipado de Santa Bárbara. Ela relata que muitos ambulantes têm receio de se identificar publicamente, temendo perseguição política.
“O valor cobrado pela prefeitura para trabalhar no evento é mais caro do que o da Micareta de Feira ou até mesmo do Carnaval de Salvador, sendo que são apenas dois dias de festa em Santanópolis. Estão vendendo espaço com toldos de 3x3 metros, mas as barracas padrão têm 4 metros. Ou seja, seremos obrigados a comprar dois toldos ou a cortar nossas barracas”, explica Nathalie.
Além dos preços considerados elevados, os ambulantes também denunciam que estão sendo forçados a comprar bebidas exclusivamente de uma distribuidora indicada pela Prefeitura. Segundo relatos, quem tentar levar produtos adquiridos de outros fornecedores terá o acesso barrado ao evento.
“No ano passado, minha mãe teve que deixar todas as bebidas que comprou fora e foi obrigada a adquirir novos produtos diretamente com a distribuidora parceira da prefeitura. Perdemos o investimento. Este ano, já avisaram que a mesma regra será aplicada”, denuncia.
Embora também circulem boatos sobre a possível obrigatoriedade de compra de alimentos, como salsicha e pão para cachorro-quente, até o momento não há confirmação oficial sobre essa restrição.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Santanópolis para obter esclarecimentos sobre os critérios de comercialização, a suposta exclusividade com a distribuidora e demais regras impostas aos ambulantes.
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura não enviou resposta oficial. A reportagem permanece à disposição e aguarda um posicionamento.
Fonte: Conectado News / Por: Mayara Nailanne
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