Saúde / Depressão / Estudo aponta que depressão aumenta risco de demência na meia-idade e na velhice

A depressão está associada a um risco maior de demência na meia e terceira idade

Saúde / Depressão / Estudo aponta que depressão aumenta risco de demência na meia-idade e na velhice
📸Ilustração IA

A depressão está associada a um risco maior de desenvolvimento de demência tanto na meia-idade quanto na terceira idade, segundo um novo estudo publicado na quinta-feira (29) na revista científica eClinicalMedicine.


Embora pesquisas anteriores já tivessem apontado a relação entre depressão e demência, ainda havia debate sobre em qual momento da vida a depressão mais impactaria esse risco — se quando ocorre na meia-idade, por volta dos 40 ou 50 anos, ou na velhice, a partir dos 60 anos.


“Nosso estudo mostra que a depressão está associada a um risco aumentado de demência tanto na meia-idade quanto na velhice. Isso destaca a importância de reconhecer e tratar a depressão ao longo da vida, não apenas para a saúde mental, mas também como parte de uma estratégia mais ampla para proteger a saúde do cérebro”, afirmou Jacob Brain, um dos líderes da pesquisa, em comunicado.


Relação entre depressão e demência


As conexões entre depressão e demência são complexas e ainda estão em estudo. Entre os fatores envolvidos estão:

 • Inflamação crônica

 • Desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal

 • Alterações vasculares e neurotróficas

 • Desequilíbrios de neurotransmissores


Além disso, fatores genéticos e comportamentais comuns podem aumentar a vulnerabilidade para ambas as condições.


Como foi realizada a pesquisa


Os pesquisadores realizaram uma revisão abrangente da literatura científica, incluindo meta-análises — método que combina dados de diversos estudos para obter resultados mais robustos.


Na primeira etapa, eles revisaram todas as melhores evidências disponíveis de revisões sistemáticas e meta-análises que já haviam investigado a relação entre depressão e demência.


Em seguida, extraíram e reanalisaram dados de estudos individuais dessas revisões, além de incluir pesquisas mais recentes que não constavam nas análises anteriores.


“Nós nos concentramos especificamente no momento em que a depressão foi medida, se na meia-idade ou na velhice, e calculamos o quanto ela aumentava o risco de desenvolver demência. Isso nos permitiu oferecer um panorama mais preciso e atualizado sobre a relação entre depressão e demência em diferentes estágios da vida”, explicou Jacob Brain.


O pesquisador também ressaltou que as descobertas indicam a possibilidade de que a depressão tardia pode não ser apenas um fator de risco, mas também um sinal precoce do desenvolvimento da demência. “Ao esclarecer esse momento, nosso trabalho ajuda a orientar futuras pesquisas, tratamentos e estratégias de prevenção”, completou.


Fonte: CNN Brasil


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