Polícia / Caso Marília / Suspeito de agressão no Viveiros: “Não vi se foi meu irmão, o marido ou minha irmã”

O caso aconteceu sábado (24) maio

Polícia / Caso Marília / Suspeito de agressão no Viveiros: “Não vi se foi meu irmão, o marido ou minha irmã”
📸Reprodução

Ainda repercute nas redes sociais e na imprensa o caso de agressão à comerciante Marília Nascimento, ocorrido no sábado (24), no Conjunto Viveiros, em Feira de Santana. Segundo relatos de Marília e de sua mãe, Marineide Nascimento, ao Conectado News, a agressão foi cometida pelo presidente da Associação de Moradores, Júnior Andrade, com participação do irmão e da irmã dele. A motivação, segundo as vítimas, seria política.


Em entrevista a outros veículos, Júnior Andrade negou envolvimento e afirmou que está sendo vítima de uma trama política, envolvendo um vereador e um ex-vereador da cidade. Na terça-feira (27), a mãe de Marília organizou um protesto pelas ruas do Conjunto Viveiros, pedindo justiça.

Neste sábado (31), em entrevista ao Programa Levante a Voz, da Rádio Sociedade News FM, Júnior voltou a negar ter agredido a comerciante e apresentou sua versão dos fatos.

Segundo o presidente da associação, a confusão começou na sexta-feira (23), durante uma reunião dos barraqueiros para a organização da tradicional Lavagem do Viveiros, da qual Marília não participou. No sábado (24), ela teria solicitado mudar sua barraca de local, ocupando o espaço que normalmente é dela, mas que, segundo Júnior, já havia sido repassado a outra pessoa devido a problemas de saúde da antiga ocupante.

“Ela chegou dizendo que ia filmar, acusando a associação de perseguição política. Eu expliquei que o espaço já estava ocupado e que, além disso, ela não tinha participado da reunião, por isso não poderia mudar a barraca. Ela disse que não foi porque todos ali são inimigos políticos. Dei as costas para evitar confusão, mas ela continuou me provocando”, relatou.

De acordo com Júnior, a discussão se intensificou quando Marília e o marido se aproximaram, junto com outros familiares do presidente da associação. “Meu irmão e minha irmã estavam presentes. O marido dela começou a nos ofender, e a própria Marília partiu para cima do meu irmão e o agrediu com um soco. Se as pessoas analisarem bem, as imagens foram editadas”, afirmou.

O presidente da associação sustenta que sua única intenção era evitar uma briga maior: “Quando Marília caiu no chão, fui tentar segurar o marido dela para que ele não agredisse meu irmão. É nesse momento que apareço nas imagens, mas em nenhum momento agredi Marília”, alegou.

Segundo Júnior, a confusão foi alimentada por questões políticas, já que Marília foi sua adversária na eleição da associação de moradores. “Ela sempre tenta prejudicar a associação. Eu faço esse trabalho há anos e nunca me envolvi em confusão com barraqueiros. Nosso evento é sempre pacífico. Tenho uma reputação a zelar.”

Questionado sobre quem teria, de fato, agredido a comerciante, Júnior disse não ter visto claramente: “Quando ela partiu para cima do meu irmão, eu tentei segurar o marido dela, mas só vi Marília caindo. Infelizmente, minha irmã tomou as dores, viu nosso irmão sendo agredido e também se envolveu. Não vi se o soco partiu do meu irmão, do marido dela ou da minha irmã.”

Ele também contestou a versão de Marília, que afirmou ter desmaiado após a agressão. “As imagens mostram que ela se levanta, anda e conversa até entrar no carro. Por que tantas mentiras? Se ela está falando a verdade, por que as imagens foram editadas?”, questionou.

O caso segue repercutindo e gerando manifestações no bairro. A polícia investiga as circunstâncias da agressão.

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

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